Sacola de sentidos

A verdade é que quando você ama, quer ser amado, mas quando te amam, você não consegue amar.
Amor, é uma bosta! Não existe.

Seja a cura do meu problema
A cura, a torre, o emblema
Seja onde eu me seguro
O remédio mais foda, mais puro

Seja a corda, seja a escada
A mão, o pão, a espada
Seja onde eu me protejo
O escudo, o poder e o desejo

Me tira o que tenho de ruim
Preciso que faça por mim
Tô sem forças pra reagir
Tomar coragem, tentar sumir.

Numa dessa imensa escuridão
Qualquer luz que vier
Deixa a esperança de pé
Na estrada de volta, coração.

Sou capaz de me curar
Da forma que inventaram
Aqueles que não aguentaram
Resolveram se matar.

O amor não existiu
A luz nunca brilhou
Jesus nunca mentiu
E você nunca me olhou.

O Doce e o Amargo

O doce doce, hoje amargo ficou
Assim como as protagonistas
Uma dor, uma dor que sobrou
Da atuação farta dos artistas.

Da sensatez a menor das doses
Enxuguei secreções salgadas
Estou pronto pra novas fases
Das doces e das amargas.

Denso denso não nado em ti
Nem abrir os olhos assim
Sem ao menos me mentir
Que isso seja apenas por mim.

A mentira que contei, acreditei
Enganei quem eu queria, pouco
Apesar, pena que engasguei
Deixa eu tentar ficar louco

Deixa eu morder e comer o amargo
Que de doce eu cansei
Sem nenhum mero afago
Ontem dormi quando deitei!