Sacola de sentidos

Achei super engraçadinho esse vídeo da banda Bombay Bicycle Club.
Ta ai.

A mentira enfim acabou
Nós dois podemos enfim
Seguir nossa realidade
Ser feliz, de verdade
Recomeçar o começo do fim
Rancar da face o sabor

Eis que se projeta fora
O pensamento que outrora
Dentro do poeta habitava
Triste, triste perguntava
Porque escreves, poeta?

O poeta não responde
Pois falar é complicado
Escreve, pois esconde
No seu dedo machucado
Um calo de infancia

Desde sempre foi guardado
Para ele ser lembrado
Que a língua profere apenas
Palavras injênuas
De quem não sabe escrever.

Disse assim:
Ó pensamento, pense em mim
Morrerei logo em breve
Serei feliz, pois serei leve
Sem dinheiro no caminho.

Mas serei pra sempre lembrado
Por palavras do meu dedo machucado
Que fazem sentido assim
Bobinhas, porém bem arrumadim
Uma uma, lado a lado.

Somos loucos pobres ricos
Sábios velhos, tristes fortes
Mendigos aprendizes, professores
Somos o ápice, o pico!

O medo, a morte e o amor
Somos o dedo que aponta o horror
Brilhamos, sorrimos, apagamos
Somos, fomos e seremos

Pobres, tristes ou loucos
E seremos ainda humanos
Querendo da vida um tanto assim
De amor, felicidade, carinho

Somos nós, nós mesmos somos
Obsecados pela mente dos homens
Garimpando um sorriso entre lágrimas
Sorriso que limpa, todas as mágoas.

E no espaço que virá após a morte prometo
Seremos um nobre, lindo e eterno soneto
Ecoando pra sempre o sorriso que demos
Exatamente agora, enquanto felicidade temos.

Desde quando todas almas o silencio grita
Aperta seguinte a forte e simbilante
Sempre triste e quieta, sem nexo brilhante
Segue triste fazendo tua fita

Sem cor, nem dor nem saber e sabor
Sabe-se pouco sobre mim que sou, sabe-se pouco
Sou algo meio triste, um tanto quanto louco
Que não sinto nem creio na dor

E destas fitas só sei fazer uma
Apenas quando me tremo sei dizer
Uma palavra, sei, simples, cadê?
Calada na noite sem valer a pena.

Porque sou obrigado a acordar com tal
Irritante voz, beirando o mortal
Do suportável na condição humana
Frágil, simples de quem não ama.

Me despertar de um sono tão bom
E me dar um presente nesse tom
De quem se ilude pra conseguir
Do meu eu um certo fingir

Que não quero eu pousar jamais
Nem de frente, de costa, de traz
Pois não apetece a mim dizer
Pouco menos perceber

Uma coisa que nunca existiu
Hoje sei, ninguém me viu
Como eu realmente sou
Sem pingo ou gota de amor.

Dou grátis a simples trama
Bem assim, sem mais nem drama
Um "não" com toda sinceridade
Encarecendo essa utópica amizade.

Rapido como um raio, a felicidade vira tristesa
Transparece um futuro triste, por vir
Outro dia, serve enferma o que achas que pode servir
Transparece tamanha louqueza

Aparentemente tristes
Somos ricos de desamor
Somos lindos, somos pestes
Sinta só o nosso odor.

Podre eramos, podre somos
E assim que terminarmos
Serei com a terra apenas
Em meu peito, sem pena

Amor de quem tantos falam
Quem é vosso dono ora pois
Quero uma mente, salão
Que me lembre até depois
Quando do corpo sobrar um grão

Eternizado eu serei sim
Numa cabeça ainda viva
E que lembrará de mim
Com paixão ainda ativa
Simples simples assim

Viverei um pouco mais
Na mente de quem me ama
Serei eu a ir em paz
Sem temer do amor, a chama
De ter sido incapaz.

Sonharam como eu seria antes que eu visse o primeiro raios de luz, sonharam meu futuro e planejaram para mim uma vida, eu não fui da forma que sonharam, será que eu decepcionei?

Sonhei em sair da escola, sonhei em entrar numa faculdade, sonhei em ficar grande, de maior, mais bonito, mais inteligente, menos pobre, em ganhar na mega sena, em arranjar um trabalho decente e divertido, eu sonhei, e ainda não realizei, será que eu me decepcionarei?

Sonharam que eu seria o amor eterno, e eu sonhei que meu amor eterno não era quem sonhava comigo, e quem eu sonhei que era, não sonhou comigo, será que eu decepcionei ou fui decepcionado?

Sonhei que as pessoas eram sinceras, sonhei que um dia, eu pudesse encontrar alguém que me desse confiança para eu poder perder todo meu medo de sonhar, e sonhei, sonhei com um futuro, um futuro lindo e utópico, e o sonho estava se realizando aos poucos, e com ele, todos os meus outros sonhos, sonhei um pesadelo que tudo isso desabaria, e fiquei triste pois não queria ter sonhado com isso, mas de todos os sonhos que poderiam se realizar, este foi o meu único sonho a se realizar, um pesadelo. Será que eu ainda vou sonhar, e arriscar decepcionar ou ser decepcionado?

Sonhos e decepções andam juntos desde que nascem, e talvez por isso eu não queira mais sonhar, pois odeio decepções.

Irmãos

Quem vive nesse mundo, sabe exatamente o que faz
Nascemos sorrimos, choramos e vamos em paz
Aqueles que vivem nas bolhas sequer sabem
O que se passa naquele morro ali atraz
É a mesma vida que raramente sentem
É a mesma morte vivida, porém sem paz

Uma alma meus irmãos, eu imploro
Raciocinio para todos de onde moro
Inclusive aos que acham que sabem
E que moram muito acima do morro
Pra me dar garantia que os que morrem
Podem ao menos pedir socorro.

Me dê um aperto de mão, sincero
Pois é isso o que mais quero
Pra mim, e pra meus irmãos
Que eternamente esperam
Um mundo mais melhor de bom
E pra isso se entregam.

Aquele que assalta, quer ter
Aquele que tem, pode ter
Me falta igualdade, irmandade
Me falta onde viver
E digo com sinceridade
Não é assim que tem que ser.

Qualquer injustiçado perde o rumo
E a punição pra esse futuro
É a cadeia, a prisão
Quero um pouco menos de muro
E muito mais audição
Pra todo esse murmurio

Adentra a tristesa sorridente, inocente, sagaz
Inteligente, com cara de boba e jeitinho de incapaz
Me contempla, inocente, se despindo e pouco sóbrea
Com a dor de toda vida, e a desesperança inglória

Nesta noite, ó bela, escuto, e vejo lágrima
Choro pra mim, lágrimas de uma alma desgastada
Me culpando, talvez, ó bela, por ser quem sabe
O eixo da tua desvontade, da vontade que se acabe

E quem abre, sabe pra quem abrir, ó bela
Eis minha dica, te amo mas não me dê trela
Pois das palavras às carnes, sou dele.
E não há quem diga, ó bela, revele

Que felicidade se compra
Que se compra faz de conta
Que se compra inocência
Ou que se compra aparência

Pois a voz da indecência
Não é da nossa conta
Mas felicidade apronta
E no coração agente sente
Que quem tem sua presença
Pode ter até a sentença
De ter que ser feliz pra sempre.

(Não posso corrigir os erros de portugues agora por questões de... é, enfim)

A verdade é que quando você ama, quer ser amado, mas quando te amam, você não consegue amar.
Amor, é uma bosta! Não existe.

Seja a cura do meu problema
A cura, a torre, o emblema
Seja onde eu me seguro
O remédio mais foda, mais puro

Seja a corda, seja a escada
A mão, o pão, a espada
Seja onde eu me protejo
O escudo, o poder e o desejo

Me tira o que tenho de ruim
Preciso que faça por mim
Tô sem forças pra reagir
Tomar coragem, tentar sumir.

Numa dessa imensa escuridão
Qualquer luz que vier
Deixa a esperança de pé
Na estrada de volta, coração.

Sou capaz de me curar
Da forma que inventaram
Aqueles que não aguentaram
Resolveram se matar.

O amor não existiu
A luz nunca brilhou
Jesus nunca mentiu
E você nunca me olhou.

O Doce e o Amargo

O doce doce, hoje amargo ficou
Assim como as protagonistas
Uma dor, uma dor que sobrou
Da atuação farta dos artistas.

Da sensatez a menor das doses
Enxuguei secreções salgadas
Estou pronto pra novas fases
Das doces e das amargas.

Denso denso não nado em ti
Nem abrir os olhos assim
Sem ao menos me mentir
Que isso seja apenas por mim.

A mentira que contei, acreditei
Enganei quem eu queria, pouco
Apesar, pena que engasguei
Deixa eu tentar ficar louco

Deixa eu morder e comer o amargo
Que de doce eu cansei
Sem nenhum mero afago
Ontem dormi quando deitei!