Porque

Porque sou obrigado a acordar com tal
Irritante voz, beirando o mortal
Do suportável na condição humana
Frágil, simples de quem não ama.

Me despertar de um sono tão bom
E me dar um presente nesse tom
De quem se ilude pra conseguir
Do meu eu um certo fingir

Que não quero eu pousar jamais
Nem de frente, de costa, de traz
Pois não apetece a mim dizer
Pouco menos perceber

Uma coisa que nunca existiu
Hoje sei, ninguém me viu
Como eu realmente sou
Sem pingo ou gota de amor.

Dou grátis a simples trama
Bem assim, sem mais nem drama
Um "não" com toda sinceridade
Encarecendo essa utópica amizade.

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