Zedka

Na frente uma face, sim
Atraz o menos importante
Se me trata mal assim
Não sou bonito o bastante

Por traz uma casca grossa
Sem nexo, toda louca
Uma alma rancoroza
Traida, sentida, pouca

Auto confiança suicida
Uma mulher meio estranha
Louca, insandessida
Que sempre cai na manha

E vaga, vaga, vaga, vaga
Sem respostas, desespero
Pensa tudo, depois apaga
Pra não perder o conselheiro.

Pensa, bate, esforça, grita
Ninguém escuta, pobre
Esforça-te, seja, sinta
Uma alma cada dia mais nobre.

E de volta ela cá está,
Pobre, triste, mizerável
Cansava, ela vai sentar
Vendo tudo desagradável!

E morre, sentindo paz
Porque se livrou enfim
Do que lhe tirava o gás
A humanidade, chata assim.

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